sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Serviço Nacional de Saúde

Não sou adepto de médicos, nem de hospitais. Tenho de estar mesmo "à rasca" para ir a uma consulta. Foi o caso. Não, não é a gripe da moda. Há uma semana que ando com um problema nos ouvidos e hoje (ontem, dia 20) cheguei à conclusão que tinha de ir ao médico pois isto não havia meio de passar. Lá fui. Primeiro direito ao S. Francisco Xavier, por ser o da área da minha residência, mas recambiaram-me para Sta Maria, por não terem Otorrino. Perdi mais tempo a arranjar lugar para o carro, que lá dentro. Adiante. Chegado a Sta Maria, estacionei o carro no parque mesmo em frente à urgência, fiz a inscrição, quase imediata e fui chamado passados 3 ou 4 minutos para a triagem, onde estive cerca de dois minutos. Passaram-me logo guia de marcha para o otorrinolaringologista (uff). Esperei mais uns 7 minutos junto da urgência. Entrei, expliquei o que sentia, perguntaram-me se tinha andado nas alturas, ou mergulhado, ou... "estive na Serra a semana passada, sr. Dr.". "Ahh", disse. Meteu aquela coisa cá para dentro, espreitou, depois meteu uma pinças nas narinas, espreitou outra vez e logo passámos à parte das receitas. 4 medicamentos e alguns conselhos, ala que se faz tarde.
Esta conversa toda para quê?? Para dizer que fiquei muito surpreendido pela positiva, por tudo o que vi. O hospital de Sta Maria está irreconhecível. Para melhor. Luminoso, amplo, com aspecto cuidado, informação qb e de fácil entendimento, quando cheguei ao otorrino, já sabiam que eu era o "sr. António Canaveira", sem papeis, pois neste processo não vi nenhuma ficha de inscrição. Só uma braçadeira no pulso, com o nome e uns números.
Mas o melhor de tudo foi a farmácia logo à saída da urgência.
Agora percebo a "guerra das farmácias". Tenho imensa pena, mas sinceramente, acho que é uma das melhores medidas que foram tomadas. Logo ali, à saída da urgência, ter uma farmácia que evita o ENORME transtorno de procurar a que está de serviço da zona onde se mora, é sem dúvida um grande benefício para quem está realmente doente e muitas vezes, que não tem meios próprios para se deslocar.
Não sei se tive sorte, por ser Agosto, ou por ir às 8 da noite, ou se por estar a jogar o Benfica, mas o que é certo é que gostei do que vi e da forma, acima de tudo, rápida com que "me despacharam". Não, não fiquei adepto de hospitais, mas da próxima vez que tenha necessidade de lá voltar, já vou menos contrariado.


5 comentários:

Carla D'elvas disse...

:) estás melhor?

beijoka

Anónimo disse...

Não foi sorte, pode crer. Os hospitais públicos são muito melhores do que os pintam. Felizmente, não tenho tido necesidade de lá ir, mas tenho acompanhado a minha irmã com frequência ( infelizmente) e é sempre muito bem recebida e com celeridade. Mesmo quando tem sido necessário o seu internamento ( o que já ocorreu 3 vezes este ano) ela tem sido extremamente bem tratada e diz sempre: hospitais privados nunca!
As suas melhoras

TOZE Canaveira disse...

Amigo Carlos, só agora vi as mensagens no blog.
Sem dúvida que há uma grande melhoria nos serviços dos hospitais públicos. No ano passado estive 2 meses no pediátrico de Coimbra, com o meu enteado, só tenho a dizer bem. Acima de tudo, das pessoas, já que o hospital há muito deixou de satisfazer as necessidades exigidas, mas mesmo assim, consegue dar as mínimas condições para se estar. Acredito que muito do que se difama, não é com conhecimentos concretos das coisas. Claro que há sempre coisas a melhorar. Mas acho que já estamos a um nível muito elevado.
Faço votos que esses problemas de saúde sejam rapidamente ultrapassados. No meu caso, já passou.
Obrigado.
Abraço

TOZE Canaveira disse...

Carla, já passou, Obrigado. beijoca.

Lilith disse...

Já agora, o Hospital de sta. Marta também está muito bom e ainda o Egas Moniz, onde estive há dois meses para fazer uma endoscopia alta com sedação. Só tenho a dizer bem da forma como me trataram, mas venham ver o Garcia da Orta e ficam logo desiludidos, a começar nas condições e tempo de espera.